sábado, 28 de maio de 2011

E-fólio B - Psicologia

Tarefa 1-

O desenvolvimento humano: A infância e a Velhice, o começo e o fim.


Resumo


Este ensaio apresenta duas das fases do desenvolvimento humano estudadas na UC de Psicologia do Desenvolvimento. O desenvolvimento humano é dividido em quatro fases, sendo elas: A infância; adolescência; a idade adulta e a velhice. Neste trabalho irei focar apenas duas: a infância e a velhice, a infância porque é o inicio do ciclo de vida e a velhice porque é o término do ciclo de vida. Pretende-se focar a infância e o processo de desenvolvimento durante esta fase, principalmente o conceito de vinculação, de igual maneira pretende-se focar também a velhice bem como todo o processo de desenvolvimento e o conceito de sabedoria.



Palavras-chave: Infância, vinculação, comportamentos inatos, desenvolvimento humano, segurança, estádios, velhice, sabedoria;



1 - A infância e a vinculação


A infância caracteriza-se por um período que vai desde o nascimento até aos doze anos caracterizada por três fases: dois primeiros anos de vida; período pré-escolar e período escolar.

É no primeiro ano de vida que o desenvolvimento da criança será mais rápido face a qualquer outro período de vida, devido à sua capacidade de aprendizagem e dos processos de crescimento e maturação. A criança começa a desenvolver-se psicologicamente e começa a construir bases para a sua personalidade. De acordo com alguns teóricos como Piaget, o conhecimento da criança é construído pela interacção da pessoa com o meio (perspectiva construtivista). Segundo os estádios designados por este, o primeiro é o estádio sensório-motor que vai até aos 24 meses e que se caracteriza por uma inteligência prática aplicada à resolução de problemas e que põe em jogo as percepções e o movimento, é uma inteligência baseada na acção e que é anterior à linguagem e ao pensamento.


O estádio pré-operatório (2/7 anos), onde predomina o egocentrismo, a criança entende que o mundo foi criado para si. O estádio das operações concretas (7/12 anos) a criança já tem um pensamento lógico e tem capacidades para fazer operações mentais. Os seus raciocínios lógicos são reversíveis.

Freud, por sua vez considera que o desenvolvimento humano e a construção do aparelho psíquico são explicados pela evolução da psicossexualidade. A sexualidade está integrada no nosso desenvolvimento desde que nascemos e que evolui através de estádios a que Freud se refere como estádio oral (0/18 meses), onde a boca é o órgão privilegiado. O estádio Anal (12/18meses), a maturação vai permitir à criança reter ou expulsar as fezes e a urina. Esta fase caracterizada pela autonomia da criança em querer afirmar as suas vontades. Estádio fálico (3 anos), neste estádio a zona erógena é a região genital, a criança começa a estar interessada em saber como nascem os bebés e está atenta às diferenças anatómicas existentes entre os sexos. Estádio da latência (5/6anos puberdade), depois de ter vivido o complexo de Édipo a criança entra numa fase de latência, esquecendo alguns acontecimentos vividos nos primeiros anos, este estádio caracteriza-se pela diminuição da actividade sexual.
Podemos então constatar, que apesar das diferenças existentes nas diversas teorias, uma coisa é certa: A criança vai sofrer várias alterações físicas e sensoriais que lhe vão permitir adaptar-se ao meio social.

O processo de vinculação dá-se durante o período da gestação, ai é criado o primeiro vínculo com os pais, a vinculação permite que a criança se sinta segura junto da figura maternal, esta dá-lhe atenção e segurança o que gera emoções positivas e um sentimento de bem-estar sentido pela criança, que assim se sente com forças para avançar na sua caminhada e no futuro ser um indivíduo desenvolvido e seguro de si próprio. Como podemos ver os primeiros vínculos são fundamentais para o desenvolvimento físico e psíquico do bebé, pois este passa a estar preparado para responder de forma correcta às exigências do processo de desenvolvimento. As mudanças psíquicas ocorridas preparam a criança para a resolução do complexo de Édipo e para o desenvolvimento de competências inter-pessoais. Segundo Selman (1981), essas competências referem-se a saber que o Outro tem sentimentos e pensamentos diferentes dos seus. “A capacidade da criança reconhecer o Outro como alguém que é psicologicamente diferente de si permite um avança significativo na individuação e, em consequência, a hélice separação-individuação torna-se predominante” (in texto 5 UAB).
Bowlby (1988) provou que o bebé possui comportamentos inatos que são accionados á nascença, comportamentos como o agarrar, seguir, sorrir, que garantem a sua adaptação e sobrevivência. Estes comportamentos são vistos como uma forma de o bebé estabelecer uma relação com as figuras mais próximas para assegurar a sua sobrevivência. Um comportamento bem organizado de vinculação segundo Ainsworth (1978) vai permitir à criança ter um sentimento de segurança, este sentimento vai facultar à criança tolerar a ausência da mãe, pois sabe que ela vai voltar. Bowlby (1988) apresenta a necessidade de vinculação (apego), isto é, a necessidade de estabelecimento de contacto e de laços emocionais entre o bebé e a mãe e outras pessoas próximas, como um fenómeno, biologicamente determinado. A necessidade de vinculação que a criança tem não é consequência da aprendizagem, mas sim uma necessidade básica do ser humano tal como é a alimentação e a sexualidade.
Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da criança, seja ele físico ou psicológico, portanto são estes factores importantes para uma boa vinculação, qualquer perturbação que surja nestes primeiros anos poderá causar atrasos na saúde mental da criança. O futuro e segurança do bebé depende das relações de vinculação estabelecidas nos primeiros anos de vida, quanto mais a figura maternal ou próxima da criança cuidar e oferecer estabilidade, mais a criança se sentirá segura e protegida. Durante a vida iremos ter diferentes vinculações com funções específicas. A vinculação dura enquanto dura o ciclo de vida do individuo.
2 - A velhice e a sabedoria
            Tal como na infância, também na velhice existem mudanças, mudanças essas que tem a ver com o declínio. O processo de envelhecimento provoca alterações a nível físico, a cor do cabelo muda, a pele começa a enrugar, adopta-se uma postura curvada. A nível dos sentidos é notório um défice auditivo e sensibilidade no paladar. Associado ao envelhecimento vem também a perda de peso, diminuição da motricidade fina. O coração perde tonicidade muscular e a pressão sanguínea sofre alterações. Segundo Erikson nesta fase da vida (integridade versus desespero) o indivíduo faz uma reflexão do percurso de vida, se esta reflexão for negativa geram-se sentimentos de desespero, pois o indivíduo já não pode voltar atrás nos seus actos. Se por outro lado, a reflexão for positiva gera sentimentos de integridade. Desta reflexão surge a sabedoria.
            Segundo Kramer (1990), o conceito de sabedoria é amplo, com diversas conotações que englobam dimensões cognitivas (domínio de uma forma especifica de saber, o estilo do sujeito) e dimensões conotativas (descentração e empatia). As pessoas sábias são usualmente caracterizadas por terem capacidades para situar os problemas em contextos amplos, sabem dar conselhos e sugestões coerentes, sabem definir e avaliar adequadamente a informação. Segundo alguns autores, estas pessoas costumam ser bons ouvintes e aprendem com os seus próprios erros e com os dos outros. A sabedoria é usada em situações em que se tem de tomar decisões complexas sobre determinado assunto, em situações que temos de dar a nossa opinião, situações em que pensamos em decisões que tenhamos que tomar, etc.
            O conceito de sabedoria difere de teórico para teórico, cada um tem a sua definição de sabedoria, por exemplo, segundo Baltes (1994) a sabedoria é como «um nível de mestria pragmática», que implica conhecimentos sobre o seu próprio desenvolvimento, sobre a natureza humana, sobre as relações sociais e diversidade cultural, etc.
            Na perspectiva de Robert Sternberg, John Meacham e Karen Kitchener e Helene Brener, a sabedoria é uma forma de pensar que permite à pessoa ter consciência de que ninguém sabe tudo e que não existe uma única resposta e que seja verdadeira. Segundo Sternberg (1985,1987,1990), a sabedoria manifesta-se através do interesse pelos outros, da compreensão das pessoas e dos seus problemas, etc. Pascuale-leone (1990) define sabedoria como resultando da interacção entre afeto, cognição e experiência de vida. Todos os autores na sua definição de sabedoria englobam como imprescindível as capacidades de saber aconselhar, a descentração e a empatia.
            De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “o importante é não apenas acrescentar anos à vida, mas sim, acrescentar vida aos anos”. Recordemos que Cervantes tinha 68 anos quando terminou o Dom Quixote. O historiador José Armando Saraiva tem 92 anos e continua a fazer os seus documentários históricos. Ser velho não significa ter incapacidade ou deficiência, pelo contrário, as pessoas mesmo idosas conseguem e continuam a fazer aprendizagens, exemplo disso é a sua frequência nas universidades seniores, além dos exemplos acima referidos.  
            Existe uma frase de Pitágoras que se adequa muito bem à velhice e sua condição: “ Uma bela velhice é comummente, recompensa de uma bela vida”, não posso estar mais de acordo com esta frase, de facto uma bela velhice significa que o idoso passou de forma saudável por todas as etapas do desenvolvimento humano.


Bibliografia
Monteiro Manuela, Santos Milice Riberiro dos (1999) Psicologia. Porto: Porto Editora
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.
Texto 5, Psicologia do Desenvolvimento, UAb, 2011
Marchand, H. (2001) Psicologia do Desenvolvimento
Webgrafia
John Bowlby. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-05-17].
Disponível na www: <URL:
http://www.infopedia.pt/$john-bowlby>.

Criança disponível online em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crian%C3%A7a [Acedido em: 22-05-2011]
Velhice disponível online em: https://www.facebook.com/pages/Velhice/106330456068969?sk=wiki [Acedido em: 22-05-2011]
Idoso disponível online em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Idoso [Acedido em:22-05-2011]
O “Conceito” de “Velhice” disponível online em: http://www.artigonal.com/psicologiaauto-ajuda-artigos/o-conceito-de-velhice-422992.html [Acedido em 22-05-02011]
Estilo de vida como indicador de saúde na velhice disponível online em: http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v12/m347137.pdf [Acedido em: 22-05-2011]
Vinculação disponível online em: http://www.infopedia.pt/$vinculacao [Acedido em: 23-05-2011]

domingo, 17 de abril de 2011

Aqui está o meu avatar, podem ver e comentar.

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Questão 1
Jean Piaget nasceu a 9 de Agosto de 1986, em Neuchâtel, na Suíça. Estudou Filosofia e matemática, entre outras disciplinas, mais tarde dedicou-se á psicologia e psiquiatria. Piaget escreveu mais de cinquenta livros e vários artigos. Observando o desenvolvimento dos filhos, teve acesso a material para começar a produzir as suas primeiras obras e a sua teoria do desenvolvimento cognitivo. Jean Piaget ao observar os diálogos realizados com crianças mudou as concepções de inteligência e desenvolvimento humano. Os seus estudos centram-se na compreensão da natureza e evolução do conhecimento, ou seja, a sua estrutura (estruturalismo). Segundo esta ideia, o indivíduo é activo e constrói os seus conhecimentos (construtivismo). Para Piaget, o desenvolvimento intelectual surge através de mudanças nas estruturas do conhecimento, como resultado da presença de mecanismos específicos de adaptação, tais como a assimilação, a acomodação e equilibração. Perante um problema o indivíduo assimila novas informações nos esquemas mentais (assimilação), ao receber esses dados os esquema mentais reajustam-se às imposições anteriores, adaptando-se ao meio (acomodação). A assimilação e a acomodação ao entrarem em interacção criam um processo de equilibração. Piaget defende que, tanto factores hereditários como maturativos são necessários no desenvolvimento humano, contrariamente às perspectivas de outros teóricos, que valorizavam apenas um dos factores em detrimento de outro. Maior parte das suas investigações incidiu sobre a capacidade de raciocínio das crianças, chegando á conclusão que estas nascem sem mecanismos lógicos. Piaget considera o indivíduo um ser aberto, onde o inato e o adquirido se cruzam e estão presentes em simultâneo, uma vez que, o desenvolvimento humano acontece durante todo o ciclo de vida. Este processo de interacção que ocorre, é sequenciado por etapas, a que Jean Piaget chama de estádios de desenvolvimento. Uma criança de três anos consegue resolver um problema que uma de dois não consegue, porque possui uma estrutura mental diferente da anterior, que lhe possibilita resolver novos problemas e adaptar-se á situação. Esta adaptação que a criança sofre e que se manifesta ao longo do seu desenvolvimento, expressa-se segundo quatro estádios de desenvolvimento a que Piaget se refere como o estádio sensório-motor (dos 0 aos 2 anos). Estádio pré-operatório, Estádio das operações concretas (dos 7 aos 12 anos), Estádio das operações formais (dos 11 aos 16 anos). Cada estádio é caracterizado por diferentes formas de organização mental, que fazem o ser humano se relacionar com o meio em que está rodeado. Todos os indivíduos passam por estes quatro estádios, no entanto o seu começo e fim depende das características de cada indivíduo. Piaget utiliza a observação naturalista para observar espontaneamente as pessoas no seu meio, concluindo então, que o comportamento do indivíduo resulta da interacção com o meio. A história da psicologia ficou marcada pelas investigações que Piaget realizou sobre as funções cognitivas dos indivíduos, sobretudo a percepção, a inteligência e a lógica, dando bastante importância á construção do conhecimento pelos indivíduos.
Esta teoria criada por Piaget permite ainda hoje que psicólogos e pedagogos a apliquem nos seus trabalhos. Para a educação a teoria de Piaget contribuiu para que fosse compreendida a forma como a criança aprende, dando uma referência para a identificação das possibilidades e limitações das crianças. Ao fornecer estas bases, os professores tendem a respeitar as condições mentais dos alunos e aprendem a analisar os seus comportamentos para poder trabalhar de uma forma diferente com eles. Isto porque a abordagem construtivista, defendia que a criança vai construindo o seu conhecimento á medida que vai crescendo, devido á sua interacção com o meio. 

Bibliografia:
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.
Webgrafia:
Jean Piaget. Disponível [online] em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget [Acedido em 01 de Março de 2011]
Psicologia do desenvolvimento. Disponível [online] em: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/teoria_desenv.htm [Acedido em 29 de Março de 2011]
  O crescimento da criança segundo Jean Piaget. Disponível [online] em: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/cresccriancapiaget.htm [Acedido em 30 de Março de 2011]
Biografia de Jean Piaget. Disponivel [online] em: http://www.knoow.net/ciencsociaishuman/psicologia/piagetjean.htm#vermais [Acedido em 29 de Março de 2011]

E-fólio A

Questão 2
O tema da sessão: A Psicologia do Desenvolvimento e a Educação
Destinatários: Adolescentes de um curso de formação profissional
Duração: 1 dia com inicio às 09h30 até às 12h30 e das 14h30 às 17h30
Objectivos: Saber definir desenvolvimento e Psicologia do desenvolvimento; Conhecer a evolução da psicologia; Distinguir as diferentes fases; Compreender a importância do desenvolvimento humano para a educação.
Metodologia: trabalho em PowerPoint, CMapTools, fichas de trabalho
Recursos utilizados: Computador, retroprojector, fotocópias, fichas de trabalho e esferográficas.
Sequencia: Noção de desenvolvimento e de Psicologia do desenvolvimento (1); Evolução histórica da psicologia do desenvolvimento; As diferentes fases da Psicologia do desenvolvimento (2); Realização de uma ficha de trabalho a pares (sobre os temas acima mencionados); Importância da Psicologia do desenvolvimento para a educação (3) (Teorias implícitas, concepção maturacionista e construtivista, metacognição); Realização de uma ficha com perguntas de verdadeiro ou falso; Inquérito de satisfação.
Guião (Sequencia de ideias) 1 - Desenvolvimento e Psicologia do Desenvolvimento Por desenvolvimento entende-se as mudanças que vão ocorrendo no pensamento e nas estruturas do indivíduo ao longo da vida, que resulta da interacção entre factores biológicos e contextuais. É um processo progressivo, contínuo e cumulativo que resulta de uma organização interna que vai crescendo. Inicia-se a partir do momento em que o ser humano nasce. Psicologia do desenvolvimento é “o estudo científico das mudanças de comportamento relacionadas à idade durante a vida de uma pessoa”, in Wikipédia, ou seja, o seu objecto de estudo são todas as etapas pelas quais o indivíduo passa ao longo do ciclo de vida. É um ramo da psicologia que estuda as mudanças ocorridas no indivíduo, como as capacidades de resolução de problemas, aprendizagem da linguagem e formação da identidade.
2- As diferentes fases da Psicologia do desenvolvimento- Recurso a um mapa conceptual (através do programa CMapTools) onde são evidenciadas as várias fases pelas quais a psicologia passou e quais os interesses valorizados pelos teóricos em cada fase. Na primeira fase os interesses valorizados são o desenvolvimento intelectual da criança a maturação e o crescimento. Na segunda fase os interesses valorizados são o estudo da criança, especialmente no estabelecimento de relações entre variáveis que afectam o movimento. Na terceira fase a Psicobiologia e as bases biológicas do comportamento. Por último, na quarta fase são valorizados os estudos no curso da vida.
3- A importância da Psicologia do desenvolvimento na educação. Onde será abordado o conceito de Teorias implícitas, que se apresenta como representações que os indivíduos fazem de conceitos que são utilizados para classificar os seus comportamentos e os dos outros. São representações baseadas, por vezes, em preconceitos e ideias do senso que podem contradizer a ciência. As teorias implícitas dos professores desresponsabilizam-nos quanto ao insucesso escolar dos alunos, delegando essa responsabilidade para o contexto familiar, que devido á sua especificidade não pode ser mudado por metodologias desenvolvidas na escola. Os professores que partem de uma concepção maturacionista vêem o desenvolvimento da inteligência como sendo determinado por factores inatos, um dom natural. Os professores que defendem esta concepção, nas suas representações de inteligência, esta é imutável logo não podendo ser mudada/desenvolvida, escolhem com mais frequência estratégias que exigem a retenção e evocação posterior dos conteúdos leccionados do que aqueles que consideram que os alunos constroem a sua inteligência com base em interacções entre professor e aluno. Professores, pais e alunos são passivos e aceitam os erros como sinónimos de inaptidão definitiva não procurando estratégias que visem melhorar as capacidades, esta atitude é desfavorável para os alunos. Por outro lado, os professores que seguem os princípios da concepção construtivista, acreditam que a inteligência se constrói, nas suas representações de inteligência esta é mudável através da interacção com eles, tendem a utilizar estilos educativos baseados na problematização e em questões abertas que promovam o desenvolvimento da inteligência. Nesta concepção o erro não é sinónimo de incompetência intrínseca e de fracasso mas apresenta-se como uma possibilidade de evoluir, não desmotiva os alunos e contribui favoravelmente para o seu desenvolvimento. Para equilibrar os aspectos construtivistas e maturacionistas surge, a metacognição, que permite aos professores melhorar o desenvolvimento das competências cognitivas dos seus alunos. A metacognição significa de uma maneira geral, a informação que as pessoas têm sobre o seu conhecimento, enquanto resolvem uma actividade. “A metacognição diz respeito, entre outras coisas, ao conhecimento do próprio conhecimento, à avaliação, à regulação e à organização dos próprios processos cognitivos” in texto da net, ou seja permite ao indivíduo conhecer o seu próprio conhecimento, avaliar suas capacidades e limitações e elaborar estratégias com a finalidade de conseguir melhorar os resultados no seu processo de aprendizagem. Facto que contribui para que o aluno se sinta motivado para aprender, assim, a metacognição poderá apresentar-se como um meio de combate ao insucesso escolar.
Webgrafia:  
Psicologia do desenvolvimento. Disponível [online] em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_do_desenvolvimento [Acedido em 03 de Abril de 2011]
Metacognição: um apoio ao processo de aprendizagem. Disponível [online] em : http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n1/16802.pdf
Bibliografia:
Texto 3, Psicologia do Desenvolvimento, UAb, 2011